Paulo de Camargo: se eu fosse um personagem do folclore brasileiro, seria o Saci. Brincalhão, cheio de manhas, do tipo bicho besta que apronta só pra ficar rindo sozinho. Quando criança, andava pelos campos do interior de São Paulo fazendo tudo o que um saci faria. Marmanjo, ainda faço minhas reinações. Ainda outro dia, escondi uma aranha de plástico no computador da Paula, minha filha, só para ouvir o berro… Já Mathias, o mais novo, sofre quando resolvo escovar o seu nariz e as bochechas com pasta de dente. Adoro folclore desde que descobri todos os livros de Monteiro Lobato, na biblioteca do Círculo do Livro, em Sorocaba. A partir daí, foi um passo para a mitologia e para as lendas contadas por todos os povos. Gosto muito de contar histórias, e mais ainda de lê-las e de ouvi-las. Acho que é tudo verdade. é só questão de contar direito. Por isso, depois que cresci (cresci?), virei um contador de histórias reais. Tornei-me jornalista. E como jornalista descobri que não há nada mais fantástico do que a vida das pessoas. Agora, como escritor, penso nas pessoas e naquilo que as move, no que acreditam e naquilo que nos torna o que somos: gente.

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