Memórias de um sargento de milícias

Se um livro percorreu décadas, séculos e chegou até nós com o rótulo de “clássico” é porque muita, mas muita gente o leu, gostou e projetou esse prazer para além de seu tempo. É o caso dos títulos reunidos na coleção Clássicos, da SESI-SP Editora. São textos que mantêm a atualidade por terem como referência a essência do ser humano, que resiste ao tempo e à história, mesmo que a linguagem utilizada, muitas vezes, traga características de outros tempos e movimentos de nossa história. “Pulicado em 1854, Memórias de um sargento de milícias guarda uma importância fundamental na história da literatura brasileira: é o primeiro romance, e durante décadas o único, a retratar as camadas sociais mais baixas do mundo urbano, no caso o Rio de Janeiro, então capital do Império. Contrariando o Romantismo, movimento que ditava as regras estéticas daquele período, Manuel Antônio de Almeida descreve, sem nenhuma idealização e com muito humor, personagens reais envolvidos em situações concretas durante os anos imediatamente anteriores à Independência.” (Trecho de Luiz Ruffato na apresentação desta edição).